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terça-feira, 20 de setembro de 2016

O primeiro jogo da seleção brasileira masculina de futebol


O PRIMEIRO JOGO DA SELEÇÃO BRASILEIRA MASCULINA DE FUTEBOL

Clóvis Campêlo

O primeiro jogo da seleção brasileira de futebol aconteceu no dia 21 de julho de 1914, no antigo estádio do Fluminense, no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, contra o Exeter City, equipe profissional da Terceira Divisão da Liga Inglesa.
O time brasileiro, na verdade um combinado formado por jogadores do Rio e de São Paulo, venceu por 2x0, gols marcados por Oswaldo Gomes e Osman Medeiros. Oswaldo Gomes, por sinal, viria a ser presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), em 1921.
Consta que quando o time britânico desembarcou no Rio de Janeiro corria o boato de que os seus jogadores podiam correr com a bola dominada por todo o gramado sem que ninguém a conseguisse tomar. Além disso, os seus chutes eram tão potentes que costumavam furar as redes adversárias e destroçar as traves que se atrevessem a ficar no itinerário da bola.
Desse modo, não é de estranhar que tenham sido recebidos com admiração e espanto pela torcida presente ao estádio do Fluminense. Os ingleses, gigantescos, fortes e musculosos como lutadores de boxe, entraram em campo, deram uma volta pela orla do gramado e caminharam altivamente até a parte reservada aos sócios do Fluminense, onde cumprimentaram a torcida, composta por rapazes com chapéus de palhinha, senhoras de sombrinhas estampadas e mocinhas de roupas coloridas. Em seguida, ficaram batendo bola em uma das barras.
Logo após entraram os brasileiros, franzinos, tímidos e encabulados ante a torcida feminina que lhes atirava flores, fitas e papéis coloridos.
Por último, também muito aplaudido, entrou em campo mister Harry Robinson, inglês radicado no Brasil, designado para apitar o jogo.
O que de início foi um jogo limpo e disputado com lealdade, transformou-se na medida em que os brasileiros passaram a dominar a partida, com um jogo rápido e rasteiro. Os ingleses passaram a apelar para o jogo de corpo e a violência. Após a marcação dos dois gols brasileiros, os súditos de Sua Majestade chegaram a simular contusões com o intuito de encerrar a partida e evitar uma goleada maior. Convencidos por Mr. Robinson, voltaram a campo para terminar a partida, distribuindo pontapés a torto e a direito. Consta que em um lance disputado a margem do gramado, o atacante Friedenreich perdeu dois dentes por conta de uma botinada recebida do seu gigantesco marcador.
A seleção pioneira venceu o seu primeiro jogo com Marcos, Píndaro e Nery; Sylvio Lagreca; Rubens Salles e Rolando; Abelardo, Oswaldo Gomes, Friendenreich, Osman Medeiros e Formiga. Técnicos: Rubens Salles e Sylvio Lagreca.
Os ingleses perderam com Pym, Forte e Strettle; Rigby, Largan e Smith; Whitaker, Pratt, Hunter, Lovett e Goodwin.

FONTES:
- CASTRO, Marcos de e MÁXIMO, João. Gigantes do Futebol Brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Lidador, novembro de 1965, p. 20-22.
- Placar nº 1097. São Paulo: Editora Abril, outubro de 1994, p. 70.
- Placar Edição Especial, 1.000 jogos da Seleção. São Paulo: Editora Abril, fevereiro de 2000, p. 6 e 10.


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A mais nova companheira


A MAIS NOVA COMPANHEIRA

Clóvis Campêlo


Conheci-a há alguns anos atrás e, de início, não imaginei o que ela pudesse me propiciar.
Achei apenas que seria mais uma companhia para essa vida da qual eu tenho certeza que já vivi mais da metade.
Essas coisas são assim, simplesmente acontecem, não mandam aviso, não sinalizam, não deixam que nos preparemos para recebê-las.
No entanto, não me fiz de rogado. Aceitei-a, não digo que com o coração completamente desarmado, mas com a serenidade necessária.
A primeira crise, porém, mostrou-me que a nossa convivência não seria necessariamente pacífica. Senti-me atingido e, o que é pior, privado de exercer algumas das coisas das quais mais gosto.
A crise passou e voltamos a conviver, ou melhor, coexistir pacificamente. Tive consciência, porém, de que alguns limites estavam definitivamente estabelecidos. Eu não mais seria o mesmo. Mesmo assim, a coisa não me pareceu tão trágica.
A crise seguinte aconteceria ao retornar de uma viagem a São Luís do Maranhão. Sabia que havia exagerado e extrapolado alguns dos limites durante a viagem. Mas, sabem como é: a gente viaja, fica longe do nosso habitat natural, perde algumas das referências diárias e termina saindo da linha. Não imaginava, porém, que a sua manifestação seria tão violenta. Confesso que assustei-me com o que tive de suportar. A partir daquela data, sabia que teria de tomar mais cuidados. Guardei tudo na memória. Precisava não mais me esquecer. Mas, como todos nós sabemos, a memória é pragmática e utilitária e precisa sempre reciclar os seus arquivos para puder acumular as informações que realmente são necessárias naquele momento vivido. E todo aquele conhecimento acumulado pela experiência do sofrimento saiu de cena. Mesmo assim, dois anos se passaram e nada aconteceu. Eu inocentemente com a guarda aberta e ela calada, quieta, como se nada tivesse a reclamar.
Domingo passado, amigos, inesperadamente para mim, a coisa estorou novamente. Nunca a vi tão violenta, descontrolada, raivosa, vingativa. Temi perder o controle da situação, coisa que nunca havia acontecido antes. Hoje, alguns dias depois, posso dizer que se situação ainda não se normalizou. Arrefeceu, porém. E estamos mais uma vez naquela fase de negociação, procurando estabelecer de maneira conveniente o espaço que cada um pode ocupar em paz. Confesso que desta vez passei a respeitá-la muito mais, tive a percepção exata da sua força. Não quero mais o confronto, juro. Quero viver em paz com ela. Deixo isso bem claro e evidente. Não dá para suportar a dor. Terrível. A partir de hoje, farei tudo o que ela disser. Agora eu sei quem é que dá as ordens. Não sou louco.
Rendo-me, portanto, à artrite gotosa.

Recife, 2009


sábado, 17 de setembro de 2016

Santuário de Nossa Senhora de Fátima no Recife





Fotografia de Clóvis Campêlo / julho 2016

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA NO RECIFE

Clóvis Campêlo

Quem passa pelo Beco dos Estudantes, que liga a Avenida Conde da Boa Vista à Avenida Oliveira Lima, no bairro da Boa Vista, no centro do Recife, tem a exata visão das fotografias acima, onde aparece a torre da capela do antigo Colégio Nóbrega.
Segundo a Arquidiocese de Olinda e Recife, no seu site, esse é o santuário arquidiocesano mais antigo do mundo, inaugurado no dia 8 de dezembro de 1935, sendo a primeira igreja do mundo dedicada a Nossa Senhora de Fátima. O projeto arquitetônico foi assinado pelo francês Georges Mounier. O prédio tem forma de cruz latina com 26 metros de altura e a torre de 56 metros. No interior, há uma imagem da Virgem do Rosário com três metros de altura.
Nomeado Arcebispo de Olinda e Recife no dia 1º de julho de 2009, Dom Fernando Saburido foi empossado no dia 16 de agosto de 2009, tornando-se o 8º Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife e o 32º bispo a ocupar o sólio olindense. Em 13 de maio de 2012, concedeu à capela o título de Santuário Arquidiocesano à igreja.
Segundo notícia publicada no site G1, da Golbo, em 12 de maio de 2012, "o santuário teve sua construção iniciada em 1933. A inauguração aconteceu em 8 de dezembro de 1935, com a ajuda da colônia portuguesa do Recife. O local, inicialmente, era chamado de Capela do Colégio Nóbrega. A obra foi projetada pelo arquiteto francês Georges Mounier e foi pensada para ter forma de cruz.
Na Igreja Nossa Senhora de Fátima, há ainda a estátua da Virgem do Rosário, que mede 3 metros de altura, feita pelo o artista português Antonio da Paz, e um ossuário, construído nos anos 1990, onde estão os restos mortais de 47 jesuítas. A igreja foi tombada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Pernambuco (Fundarpe), em 2010. O título será concedido em meio à festa de Nossa Senhora de Fátima".

Recife, agosto de 2016

terça-feira, 13 de setembro de 2016

O café nosso de cada dia


O CAFÉ NOSSO DE CADA DIA

Clóvis Campêlo


Uma das coisas que mais me davam satisfação na vida era passar na casa de dona Carmelita, minha avó materna, para tomar com ela o café da tarde.
A hora do moca, como ela chamava, era imperdível. Sempre tinha na mesa um cuscuz quentinho e o insuperável bolo formigueiro.
Já faz tempo que ela se foi e lembro com carinho e saudade daqueles momentos felizes de encontros familiares.
No seu CD de chorinhos nº 3, feito em homenagem a Francisco Soares, o Canhoto da Paraíba, o compositor pernambucano Inaldo Moreira conta que o conheceu em 1959, na casa de Mestre Sérgio, na Rua das Águas Verdes, no tradicional bairro de São José, no Recife.
Lá, todos os sábados, a partir das 19 horas, os chorões da cidade se reuniam, formando uma roda de choro onde o consumo de álcool era proibido. O que movia os chorões era o café, acompanhado de cuscuz e pão com manteiga. Pense numa coisa mais romântica!
Uma das maiores dificuldades que senti na minha vida, quando nos anos 70 me arrisquei pela alimentação macrobiótica, imitando Gilberto Gil e John Lennon, querendo alcançar o nirvana de qualquer jeito, foi deixar de tomar café.
De manhã cedinho, quando dona Tereza, a minha mãe, passava a água fervendo pelo coador repleto daquele pó negro e maravilhoso, incensando a casa com um cheirinho característico, todas as minhas convicções iam por água abaixo. Não resistia.
Originário da Etiópia, o café foi introduzido no Brasil em 1727. Foi plantado inicialmente na região norte do país. Mas, foi em São Paulo e Minas Gerais que o seu cultivo encontrou um solo com condições mais propícias, gerando uma nova fonte de riqueza para o país e para a região sudeste.
Satisfeito, vejo nos meus compêndios homeopáticos que o café nosso de cada dia, da maneira como é entre nós preparado, coado e sem que o pó seja fervido junto com a água, é mais salutar por diminuir o seu teor de cafeína.
Fico feliz e tranqüilo. Hoje, não saberia mais viver sem ele.

Recife, 2010


Com que roupa?


Wolney e Neinha faziam parte do elenco coral

COM QUE ROUPA?

Clóvis Campêlo

Em 1979, diante da perspectiva de uma excursão internacional inédita, o mês de fevereiro começou com uma movimentação intensa no Santa Cruz.
Enquanto em uma das salas do Departamento de Futebol do Mais Querido, um alfaiate tirava as medidas para a confecção das roupas da delegação que viajaria ao exterior, em outra, os jogadores e demais membros da comissão eram vacinados contra o cólera e a febre amarela.
No dia 3 de fevereiro, o clube comemoraria com discrição os seus 65 anos de fundação, contando com a presença de Luiz Gonzaga Uchoa Barbalho, único sócio fundador do clube ainda vivo.

Torneio Internacional

No dia 7, o tricolor faria contra a seleção da Checoslováquia o jogo principal de um torneio internacional que contou ainda com a presença do Clube Náutico Capibaribe e do Botafogo da Paraíba. O jogo serviu, também, para a entrega das faixas aos campeões estaduais de 1978.
Os checos vinham de uma longa excursão por todo o Brasil, alternando bons e maus resultados. Naquela noite, no Estádio do Arruda, encontraram um Santa Cruz inspiradíssimo e levaram uma goleada histórica. O placar de 4x0 mostra bem a superioridade da equipe coral.
Em que pese o domínio tricolor, o primeiro gol só foi marcado aos 40 minutos do primeiro tempo por Neinha, de cabeça, aproveitando um cruzamento de Volnei.
No segundo tempo, logo aos cinco minutos, Volnei recebeu um passe de Betinho e marcou o segundo tento. Aos nove minutos, novamente Volnei recebe de Betinho e chuta sem chances para o goleiro Cervenan. Aos 43 minutos, Neinha consolida o placar marcando o quarto tento, depois de uma jogada que contou com a participação de Volnei e Betinho, os três melhores em campo.
O Santa Cruz venceu com Joel Mendes; Carlos Alberto Barbosa (Vassil), Paranhos (Lula), Alfredo Santos e Pedrinho; Givanildo, Betinho (Zé Roberto) e Carlos Roberto; Jadir (Volnei), Neinha e Joãozinho.
A Checoslováquia formou com Cervenan; Kunzo, Vacilavithck, Macela e Pygell; Rott, Hadimeck e Berger; Lithka, Novak e Klovich.
A renda do jogo foi de Cr$ 731.865,00. Na preliminar, Botafogo/PB 2x1 Náutico.
No dia 9, a equipe coral voltaria a campo para derrotar o Botafogo/PB por 1x0 e garantir a conquista da Taça Marco Antônio Maciel, assim denominada em homenagem ao governador recém nomeado.
O gol da vitória foi marcado por Betinho, aproximadamente aos 30 minutos do primeiro tempo, ao receber um passe de Joãozinho e chutar com a perna direita, antes que a bola tocasse no chão. O Santa Cruz formou com Joel Mendes; Carlos Alberto Barbosa, Paranhos, Alfredo Santos e Pedrinho; Givanildo, Betinho e Carlos Roberto (Deinha); Volnei, Neinha (Gonçalves) e Joãozinho.
O Botafogo/PB atuou com Salvino; Mendes (Edílson), João Carlos, Deca e Marquinhos; Nelson, Zé Eduardo e Nicássio; Noé Silva, Magno e Soares (Vandinho). O jogo foi dirigido por Dirceu Arruda e a renda somou Cr$ 277.065,00. Na preliminar, Náutico 1x1 Checoslováquia.

Rumo ao Ceará

Dois dias após conquistar o torneio, no dia 11, a equipe tricolor empataria com o Ceará Sporting, em Fortaleza.
A rápida excursão se encerraria na cidade de Sobral, contra o Guarani local, com outro empate, desta feita por 2x2.
Os gols do Santa Cruz foram marcados por Givanildo e Joãozinho, enquanto Barbosa, de pênalti, e Chiquinho marcaram para o Guarani.
O Santa Cruz formou com Joel Mendes; Vassil, Paranhos (Alfredo Santos), Lula e Pedrinho; Givanildo, Volnei e Deinha (Carlos Alberto); Gonçalves, Neinha (Carlos Roberto) e Zé Roberto (Joãozinho).
O Guarani, com Dario; Barbosa, Jorge, Frota e Iran; Zé Maria, Tecoteco e Chiquinho; Zé Duarte, Zé Ivan e Pipiu (Nino).
O jogo foi dirigido por Leandro Serpa e a renda foi de Cr$ 95.430,00.

Despedida na Bahia

O Santa Cruz ainda jogaria contra o Itabuna, na Bahia, empatando de 0x0 e mantendo uma invencibilidade de vários jogos.
O clube coral partiria para a sua primeira excursão internacional em 65 anos de existência com 80% das cotas dos jogos pagas.

domingo, 11 de setembro de 2016

A serpente e a maçã


A SERPENTE E A MAÇÃ

Clóvis Campêlo

Era só monotonia
a vida no paraíso,
tudo correto e preciso,
sem tristeza ou alegria.

Eis que um dia, de repente,
em pleno sol da manhã,
a suculenta maçã
desperta o olhar da serpente.

Por que, então, preservá-la,
negando-se ao prazer?
Mas, para poder prová-la

preciso será romper
a lei e não acatá-la,
desafiando o poder.

Recife, 2010

terça-feira, 6 de setembro de 2016

O primeiro gol no Arruda depois da inauguração


Cena do jogo: Abel corta a bola, enquanto Ramon observa

O PRIMEIRO GOL NO ARRUDA DEPOIS DA INAUGURAÇÃO


Clóvis Campêlo

Em 1969, numa melhor de três contra o Sport, o Santa Cruz conquistou o seu primeiro título estadual no Estádio do Arruda.
Essa foi uma conquista emblemática, pois, até então, só tínhamos conquistado 13 títulos estaduais nos 55 anos de existência do clube.
Depois daquele grande final, ao longo dos últimos 40 anos, foram muitas outras conquistas, entre estaduais e campeonatos brasileiros, o que serviu para demonstrar que a construção do nosso estádio foi um divisor de águas na história do Mais Querido.
Assim sendo, antes do jogo do Santa Cruz contra Seleção Olímpica do Brasil, no dia 7 de junho de 1972, muitos gols foram marcados no Colosso, com o estádio ainda em construção. Nenhum, porém, teve a importância dada ao gol de Betinho naquele jogo histórico.
Betinho chegou no Santa Cruz completamente desconhecido, vindo do Botafogo do Rio. Dele só se sabia que era sobrinho de Fontana, zagueiro do Vasco da Gama e que fora reserva de Wilson Piazza na Copa de 1970, no México. Aos poucos foi se afirmando como um grande atacante, habilidoso, rápido e insinuante. Logo integrou-se àquela grande equipe, tornando-se um dos ídolos do Santa Cruz naquela época.
O gol só surgiu aos 45 minutos do segundo tempo. Logo depois o seu autor se machucaria, sofrendo uma entorse no joelho e deixaria o campo nos braços do massagista Santana. Sairia do jogo, no entanto, para entrar definitivamente na história do clube coral.
Aquele gol, no apagar das luzes, contra a Seleção Olímpica, o primeiro ali marcado após a inauguração oficial do estádio, serviria para aguçar ainda mais a auto estima do torcedor coral naquele ano onde tudo parecia nos conduzir aos píncaros da glória.
O jogo foi apitado pelo árbitro Armindo Tavares, auxiliado por Gílson Cordeiro e Clayton Beltrão.
O Santa Cruz de Evaristo Macedo, um treinador que também fez história entre nós, venceu com Detinho; Ferreira (Antonino), Sapatão, Rivaldo e Cabral; Erb (Zito) e Luciano Veloso; Cuíca (Beto), Bita, Ramon e Betinho (Botinha).
A Seleção Olímpica perdeu com Vitor; Tereso, Abel, Vagner e Bolivar; Falcão (Marquinhos) e Carlos Alberto; Pedrinho, Zé Carlos (Tuca), Manuel e Rubens (Dirceu).
No time coral, a presença de Bita, o Homem do Rifle, grande artilheiro pernambucano já em fim de carreira, além dos craques já conhecidos.
Na Seleção Olímpica, a presença de jogadores que depois marcariam época no futebol brasileiro, como o zagueiro Abel, hoje treinador com passagem pelo próprio Santa Cruz; o meio campista Falcão, que marcou presença em grandes times do mundo inteiro, foi comentarista da Rede Globo de Televisão e hoje é treinador de futebol; de Dirceu, já falecido, e do atacante Zé Carlos, prata da casa coral e que teve atuações marcantes pela seleção.
O público nem de longe foi o da inauguração oficial do estádio, no jogo contra o Flamengo. Mesmo assim, naquela noite de quarta feira, 22.426 pessoas foram ao Arruda para assistir à peleja, propiciando uma renda Cr$ 85.176,00.